O que são exames complementares? Quais são? Preciso deles?
Muitas vezes, apenas um exame físico não é suficiente para chegar ao diagnóstico de uma doença. Quando isso acontece, alguns testes de complemento são solicitados para uma melhor avaliação. Continue lendo para descobrir o que são exames complementares, quais são e quando são necessários!
O que são exames complementares?
Um exame complementar é um teste solicitado pelo médico após uma anamnese e exame físico, para confirmar ou descartar um diagnóstico clínico.
Por exemplo, vamos supor que você vá até um consultório médico se queixando de algum problema, a sua avaliação vai consistir nas seguintes etapas:
A primeira coisa que o profissional de saúde vai fazer é conversar com você e fazer algumas perguntas sobre o que está sentindo e sobre seu histórico de saúde.
Depois, ele vai avaliar sua aparência e examiná-lo, aferindo a pressão arterial, auscultando o coração, pulmões, etc.
Por último, se ele não for capaz de dizer o que você tem apenas com esse exame físico, ele vai solicitar um ou mais exames que possam ajudá-lo a chegar a um diagnósticos.
Esse teste pode ser um exame laboratorial, como sangue e urina, um exame de imagem, como a ressonância magnética e assim por diante, dependendo de sua necessidade.
Os testes complementares devem ser solicitados para uma indicação clínica específica, devem ser precisos o suficiente para serem eficazes nessa indicação e devem ser o menos dispendiosos e perigosos possível.
Tipos de exames complementares
Testes laboratoriais ou clínicos
Geralmente são análises químicas ou biológicas de amostras de fluidos corporais, como por exemplo:
sangue,
urina,
fezes,
líquido cefalorraquidiano,
sêmen, entre outros.
Testes de imagem
São exames de diagnóstico nos quais as estruturas internas do corpo humano são visualizadas, baseados em:
Radiodiagnóstico, como radiografia e tomografia computadorizada.
No magnetismo, como ressonância magnética.
Medicina nuclear, como cintilografia e tomografia por emissão de pósitrons.
Em ondas sonoras de alta frequência, como o ultrassom.
Testes endoscópicos
São os testes que visualizam o interior das cavidades ou órgãos ocos do corpo, como a colonoscopia e a endoscopia.
Anatomia patológica
São testes que analisam uma amostra de tecido extraído por biópsia ou uma amostra retirada durante uma cirurgia. Também inclui citologias, como os exames preventivos ginecológicos.
Eletrogramas
Eletrocardiograma ECG, eletroencefalograma EEG, eletromiografia EMG e testes de estresse.
Estudos alergológicos
Realizados para indicar alergias a medicamentos, alimentos, animais, vegetais, minerais, etc.
Como os exames complementares são solicitados?
Quando houver várias hipóteses diagnósticas antes de uma doença, o diagnóstico diferencial será considerado e os exames complementares poderão solucionar as dúvidas existentes.
Se houver apenas uma suspeita diagnóstica, os testes complementares tentarão confirmá-la. Existem duas maneiras de solicitar exames complementares:
Exames complementares em paralelo
É a realização simultânea de vários exames complementares. Os testes em paralelo aumentam a probabilidade de diagnosticar um paciente, o problema é que também aumentam a chance de considerar uma pessoa saudável como doente.
Exames complementares em série
É a realização de exames complementares de acordo com os resultados dos anteriores. O risco de realizar testes seriados é uma menor chance de diagnosticar alguns pacientes. Em contrapartida, poucas pessoas saudáveis serão consideradas doentes.
Características da análise de um teste de diagnóstico
Nenhum teste de diagnóstico é completamente preciso de maneira isolada e, mesmo os resultados de todos eles podem apresentar problemas de interpretação.
Por isso, muitas vezes, é necessário realizar vários tipos de testes até se chegar a um resultado o mais correto possível.
Entenda alguns pontos que são levados em consideração ao avaliar os resultados de um exame complementar de diagnóstico:
Prevalência
Um teste é impreciso quando os resultados variam amplamente em amostras repetidas (corrigidas usando controles internos ou aumentando o número de contagens).
Intervalo de referência
Representa o intervalo de confiança de 95% do valor médio na população estudada. O intervalo de referência de um teste é específico para o teste e o laboratório em que é realizado. Valores próximos ao limite do intervalo devem ser tomados com cautela.
Fatores interferentes
Preparação do paciente (às vezes é necessário que a pessoa esteja em jejum antes de coletar sua amostra e ela não fez isso adequadamente).
Coleta de amostras: tempo decorrido entre a amostragem e a conclusão do teste (pode afetar o estabilidade da amostra), tempo de coleta e armazenamento e transporte para o laboratório.
Agora que você já sabe o que são exames complementares e conhece sua importância para a precisão diagnóstica, sabe que isso vai fazer toda a diferença para o tratamento correto e cura de qualquer doença.
Porém, além de consultar um médico quando você sente algo diferente, também é fundamental procurar um profissional de saúde regularmente, para a realização de um check-up anual.
Os exames de rotina são uma ótima maneira de prevenir e diagnosticar precocemente várias doenças, estando sempre um passo à frente de possíveis complicações.